Quando pensava que as Águas do Porto já não me podiam surpreender, eis que surge o inacreditável. De modo sucinto: em outubro de 23, pedi a deslocação de uma sarjeta situada defronte do meu portão. A resposta demorou quase cinco meses a chegar: as Águas do Porto comunicaram-me que teria de pagar quase 900 euros pelo «serviço». Como considero o valor absurdo e o simples pagamento de uma taxa uma injustiça (foram as Águas que colocaram a sarjeta ali, porque tenho eu de pagar se os outros clientes que pretendem solicitar a colocação de uma rampa não ficam sujeitos ao mesmo?), concluí o processo e não enviei quaisquer dados de faturação. Isto a 19/02. Caso encerrado. Eis que hoje, 29/02, surge diante do portão uma equipa de construção para deslocar a sarjeta. Estupefacto, inquiri um dos elementos e comentei que não aceitara pagar: «deve ser oferta», disse ele. Mas ofertas das Águas nem por milagre. Temendo que me cobrassem indevidamente 900 euros por algo que não acedi pagar, liguei às Águas. Após 45 minutos a ser reencaminhado, anotaram o problema e constataram que eu não dera o aval ao serviço, e reiterei que não pagaria este valor. Alguns minutos depois, os trabalhadores pararam a obra. Com isto, fiquei sem acesso ao portão e à garagem durante horas, e o passeio está destruído. Liguei ainda outra vez às Águas para perguntar quem é o responsável por isto: quem mandou executar a obra? E se eu não tivesse avisado as Águas, teria o serviço sido feito? Provavelmente. Mas cobrar-me-iam? A senhora não me soube responder. Ou seja, uma completa bandalheira de serviço, e quem cumpre e avisa acaba por sair prejudicado (terei o passeio neste estado mais 4 dias, pelo menos, e a sarjeta está no mesmo sítio). Contado, ninguém acredita, mas é verdade. Vergonha total.